Sê tu uma benção... (Gn 12:2b )

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Um par de sandálias usadas

No dia 13 de agosto de 1727, Deus derramou um profundo avivamento sobre um grupo de checos refugiados na Saxônia, atual Alemanha, chamado de Morávios. Com o Conde Nikolaus Zinzendorf à frente daquela comunidade que vivia no vilarejo de Hernhut, nasceu ali uma obra missionária sem precedentes desde os primeiros séculos. Dali saíram centenas de crentes apaixonados por Jesus. Foram enviados para a Espanha, Itália, África do Sul, São Tomé e Príncipe e até para o Brasil, além de tantas outras regiões. Impactaram sociedades, plantaram igrejas e certamente fizeram muito mais do que a história conseguiu registrar.
Já no fim desse movimento missionário, Zinzendorf se sentiu desafiado a enviar um missionário para alcançar os esquimós no Alasca. Ele relatou que certa noite sonhou com Jesus, e que nesse sonho o Senhor o instruía a enviar o oleiro.
O oleiro era um homem de meia-idade, crente no Senhor Jesus, mas de personalidade pacata e que não demonstrava capacidade de liderança até então.
Zinzendorf o chamou e lhe expôs seu sonho e sua preocupação com os esquimós. Antes que o oleiro se manifestasse, o conde acrescentou que, se aquele desafio fosse aceito por ele, infelizmente ele não poderia contar com uma equipe para acompanhá-lo, pois não dispunha de outros missionários. Não haveria também meios de sustentá-lo financeiramente, pois tinha usado todos os recursos para o sustento de outros obreiros. Por fim, cria que talvez nem voltasse, já que o Alasca no século XVIII certamente era uma das regiões mais isoladas e inacessíveis do planeta. Em outras palavras, ele deveria ir só, sem sustento e sem a garantia de voltar. Sem dúvida, esse foi um convite missionário desprovido de atrativos.
Aquele oleiro permaneceu em oração por dois minutos e, por fim, levantou o rosto e
respondeu:
"Se o senhor conseguir me dar um par de sandálias usadas, amanhã cedo eu partirei."O conde lhe deu as sandálias. A história não relata, mas imagino que aquele  homem estava descalço.

No outro dia, Zinzendorf foi à casa  dele  procurá-lo. Mas chegou tarde, o oleiro já

havia partido logo bem cedo, para jamais voltar.
Hoje, de todos os esquimós da Terra, mais de 50% são convertidos ao Senhor Jesus.

Isso  porque  um  homem, do  qual  nem  sequer sabemos o nome, pediu  apenas  um par de sandálias usadas para seguir a Jesus e espalhar o evangelho até o distante Alasca.
Extraído do livro: Missões o desafio continua. (Conclusão)
Missionário Ronaldo Lidório

O homenzinho da Rua George



 Sempre que eu leio este relato, as lágrimas descem pelo meu rosto. É maravilhoso saber que nosso trabalho não é vão no Senhor (1co 15:58)

Alguma vez você já se perguntou o que resulta da distribuição de folhetos? O relato abaixo, do pastor Dave Smethurst, de Londres, responde essa pergunta:

“É uma história extraordinária a que eu vou contar. Tudo começou há alguns anos em uma Igreja Batista que se reúne no Palácio de Cristal ao Sul de Londres. Estávamos chegando ao final do culto dominical quando um homem se levantou em uma das últimas fileiras de bancos, ergueu sua mão e perguntou: “Pastor, desculpe-me, mas será que eu poderia dar um rápido testemunho?” Olhei para meu relógio e concordei, dizendo: “Você tem três minutos!” O homem logo começou com sua história:

“Mudei-me para cá há pouco tempo. Eu vivia em Sydney, na Austrália. Há alguns meses estive lá visitando alguns parentes e fui passear na rua George. Ela se estende do bairro comercial de Sydney até a área residencial chamada Rock. Um homem baixinho, de aparência um pouco estranha, de cabelos brancos, saiu da entrada de uma loja, entregou-me um folheto e perguntou: ‘Desculpe, mas o senhor é salvo? Se morrer hoje à noite, o senhor irá para o céu?’ – Fiquei perplexo com essas palavras, pois jamais alguém havia me perguntado uma coisa dessas. Agradeci polidamente pelo folheto, mas na viagem de volta para Londres eu me sentia bastante confuso com o episódio. Entrei em contato com um amigo que, graças a Deus, é cristão, e ele me conduziu a Cristo”.

Todos aplaudiram suas palavras e deram-lhe as boas-vindas, pois os batistas gostam de testemunhos desse tipo.

Uma semana depois, voei para Adelaide, no Sul da Austrália. Durante meus três dias de palestras em uma igreja batista local, uma mulher veio se aconselhar comigo. A primeira coisa que fiz foi perguntar sobre sua posição em relação a Jesus Cristo. Ela respondeu:

“Morei em Sydney por algum tempo, e há alguns meses voltei lá para visitar amigos. Estava na rua George fazendo compras quando um homenzinho de aparência curiosa, de cabelos brancos, saiu da entrada de uma loja e veio em minha direção, ofereceu-me um folheto e disse: ‘Desculpe, mas a senhora já é salva? Se morrer hoje, vai para o céu?’ – Essas palavras me deixaram inquieta. De volta a Adelaide, procurei por um pastor de uma igreja batista que ficava perto de minha casa. Depois de conversarmos, ele me conduziu a Cristo. Assim, posso lhe dizer que agora sou crente".

Eu estava ficando muito admirado. Duas vezes, no prazo de apenas duas semanas, e em lugares tão distantes, eu ouvira o mesmo testemunho. Viajei para mais uma série de palestras na Mount Pleasant Church em Perth, no Oeste da Austrália. Quando concluí meu trabalho na cidade, um ancião da igreja me convidou para almoçar. Aproveitando a oportunidade, perguntei como ele tinha se tornado cristão. Ele explicou:

“Aos quinze anos vim a esta igreja, mas não tinha um relacionamento real com Jesus. Eu simplesmente participava das atividades, como todo mundo. Devido à minha capacidade para negócios e meu sucesso financeiro, minha influência na igreja foi aumentando. Há três anos fiz uma viagem de negócios a Sydney. Um homem pequeno, de aparência estranha, saiu da entrada de uma loja e me entregou um panfleto religioso – propaganda barata – e me fez a pergunta: ‘Desculpe, mas o senhor é salvo? Se morrer hoje, o senhor vai para o céu?’ – Tentei explicar-lhe que eu era ancião de uma igreja batista, mas ele nem quis me ouvir. Durante todo o caminho de volta para casa, de Sydney a Perth, eu fervia de raiva. Esperando contar com a simpatia do meu pastor, contei-lhe a estranha história. Mas ele não concordou comigo de forma alguma. Há anos ele vinha me incomodando e dizendo que eu não tinha um relacionamento pessoal com Jesus, e tinha razão. Foi assim que, há três anos, meu pastor me conduziu a Cristo”.

Voei de volta para Londres e logo depois falei na Assembléia Keswick no Lake-District. Lá relatei esses três testemunhos singulares. No final da série de conferências, quatro pastores idosos vieram à frente e contaram que eles também foram salvos, há 25-30 anos atrás, pela mesma pergunta e por um folheto entregue na rua George em Sydney, na Austrália.

Na semana seguinte viajei para uma igreja semelhante à de Keswick e falei a missionários no Caribe. Também lá contei os mesmos testemunhos. No final da minha palestra, três missionários vieram à frente e explicaram que há 15-25 anos atrás eles igualmente haviam sido salvos pela pergunta e pelo folheto do homenzinho da rua George na distante Austrália.

Minha próxima série de palestras me conduziu a Atlanta, na Geórgia (EUA). Fui até lá para falar num encontro de capelães da Marinha. Por três dias fiz palestras a mais de mil capelães de navios. No final, o capelão-mor me convidou para uma refeição. Aproveitando a oportunidade, perguntei como ele havia se tornado cristão.

“Foi um milagre. Eu era marinheiro em um navio de guerra no Pacífico Sul e vivia uma vida desprezível. Fazíamos manobras de treinamento naquela região e renovávamos nossos estoques de suprimentos no porto de Sydney. Ficamos totalmente largados. Em certa ocasião eu estava completamente embriagado e peguei o ônibus errado. Desci na rua George. Ao saltar do ônibus pensei que estava vendo um fantasma quando um homem apareceu na minha frente com um folheto na mão e perguntando: ‘Marinheiro, você está salvo? Se morrer hoje à noite, você vai para o céu?’ – O temor de Deus tomou conta de mim imediatamente. Fiquei sóbrio de repente, corri de volta para o navio e fui procurar o capelão. Ele me levou a Cristo. Com sua orientação, logo comecei a me preparar para o ministério. Hoje tenho a responsabilidade sobre mais de mil capelães da Marinha, que procuram ganhar almas para Cristo”.

Seis meses depois, viajei a uma conferência reunindo mais de cinco mil missionários no Nordeste da Índia. No final, o diretor da missão me levou para comer uma refeição simples em sua humilde e pequena casa. Também perguntei a ele como tinha deixado de ser hindu para tornar-se cristão.

“Cresci numa posição muito privilegiada. Viajei pelo mundo como representante diplomático da Índia. Sou muito feliz pelo perdão dos meus pecados, lavados pelo sangue de Cristo. Ficaria muito envergonhado se descobrissem tudo o que aprontei naquela época. Por um tempo, o serviço diplomático me conduziu a Sydney. Lá fiz algumas compras e estava levando pacotes com brinquedos e roupas para meus filhos. Eu descia a rua George quando um senhor bem-educado, grisalho e baixinho chegou perto de mim, entregou-me um folheto e me fez uma pergunta muito pessoal: ‘Desculpe-me, mas o senhor é salvo? Se morrer hoje, vai para o céu?’ – Agradeci na hora, mas fiquei remoendo esse assunto dentro de mim. De volta a minha cidade, fui procurar um sacerdote hindu. Ele não conseguiu me ajudar mas me aconselhou a satisfazer minha curiosidade junto a um missionário na Missão que ficava no fim da rua. Foi um bom conselho, pois nesse dia o missionário me conduziu a Cristo. Larguei o hinduísmo imediatamente e comecei a me preparar para o trabalho missionário. Saí do serviço diplomático e hoje, pela graça de Deus, tenho responsabilidade sobre todos esses missionários, que juntos já conduziram mais de 100.000 pessoas a Cristo”.

Oito meses depois, fui pregar em Sydney. Perguntei ao pastor batista que me convidara se ele conhecia um homem pequeno, de cabelos brancos, que costumava distribuir folhetos na rua George. Ele confirmou: “Sim, eu o conheço, seu nome é Mr. Genor, mas não creio que ele ainda faça esse trabalho, pois já está bem velho e fraco”. Dois dias depois fomos procurar por ele em sua pequena moradia. Batemos na porta, e um homenzinho pequeno, frágil e muito idoso nos saudou. Mr. Genor pediu que entrássemos e preparou um chá para nós. Ele estava tão debilitado e suas mãos tremiam tanto que continuamente derramava chá no pires. Contei-lhe todos os testemunhos que ouvira a seu respeito nos últimos três anos. As lágrimas começaram a rolar pela sua face, e então ele nos relatou sua história:

“Eu era marinheiro em um navio de guerra australiano. Vivia uma vida condenável. Durante uma crise entrei em colapso. Um dos meus colegas marinheiros, que eu havia incomodado muito, não me deixou sozinho nessa hora e ajudou a me levantar. Conduziu-me a Cristo, e minha vida mudou radicalmente de um dia para outro. Fiquei tão grato a Deus que prometi dar um testemunho simples de Jesus a pelo menos dez pessoas por dia. Quando Deus restaurou minhas forças, comecei a colocar meu plano em prática. Muitas vezes ficava doente e não conseguia cumprir minha promessa, mas assim que eu melhorava recuperava o tempo perdido. Depois que me aposentei, escolhi para meu propósito um lugar na rua George, onde centenas de pessoas cruzavam meu caminho diariamente. Algumas vezes as pessoas rejeitavam minha oferta, mas também havia as que recebiam meus folhetos com educação. Há quarenta anos faço isso, mas até o dia de hoje não tinha ouvido falar de ninguém que tivesse se voltado para Jesus através do meu trabalho”.

Aqui vemos o que é verdadeira dedicação: demonstrar amor e gratidão a Jesus por quarenta anos sem saber de qualquer resultado positivo. Esse homem simples, pequeno e sem dons especiais deu testemunho de sua fé para mais de 150.000 pessoas. Penso que os frutos do trabalho de Mr. Genor que Deus mostrou ao pastor londrino sejam apenas uma fração da ponta do iceberg.

Só Deus sabe quantas pessoas mais foram ganhas para Cristo através desses folhetos e das palavras desse homem. Mr. Genor, que realizou um enorme trabalho nos campos missionários, faleceu duas semanas depois de nossa visita. Você pode imaginar o galardão que o esperava no céu? Duvido que sua foto tenha aparecido alguma vez em alguma revista cristã. Também duvido que alguém tenha visto uma reportagem ilustrada a seu respeito. Ninguém, a não ser um pequeno grupo de batistas de Sydney, conhecia Mr. Genor, mas eu asseguro que no céu seu nome é muito conhecido. O céu conhece Mr. Genor, e podemos imaginar vividamente a maravilhosa recepção que ele teve quando entrou por suas portas. (extraído de Worldmissions – redação final: Werner Gitt)

domingo, 4 de janeiro de 2015

Férias - Para Cristo, com Cristo e sem Cristo



Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus. Hb 4:9

Janeiro, mês de férias, mês de descanso para muitas pessoas. O turismo se aquece, alguns viajam e volltam mais cansados do que quando partiram (isto é fato comprovado). A verdade é que tirar  férias do trabalho, além de ser um direito, é realmente muito bom. Podemos descansar, viajar, rever a família que está distante e aproveitar para resolver pendências. Vou falar aqui de três tipos de férias em relação a Cristo. Espero que sirva para sua reflexão, caro leitor.

Férias para Cristo - É sabido que cristão autêntico não tira férias do Evangelho. Nosso Deus não tirou férias e nós como discípulos seus também não tiramos. Não estou dizendo aqui que o cristão não deve tirar alguns dias de repouso durante o ano para recarregar as energias, afinal, somos seres humanos e o próprio Senhor nos orienta a esse tipo de descanso. Seis dias farás os teus trabalhos, mas ao sétimo dia descansarás; para que descanse o teu boi, e o teu jumento; e para que tome alento o filho da tua escrava, e o estrangeiro. (Ex 23:12). Tirar férias para Cristo significa utilizar as férias para fazer algo em prol da obra do Senhor que normalmente não daria para fazer em outros meses do ano: visitar um campo missionário, participar de um Seminário cristão, cuidar de alguém. Lembre-se sempre que seu trabalho não é vão no Senhor. Este é tipo de férias desejável para todo cristão.

Tu, porém, vai até ao fim; porque descansarás, e te levantarás na tua herança, no fim dos dias.  (Dn 12:13)

Férias com Cristo - Se o cristão não pode fazer algo que exija muito de seu tempo na obra do Senhor, então é necessário que ele não perca a comunhão com Deus. Esteja sempre orando, lendo a Bíblia e procurando falar de Jesus aos outros. Peça "encontros marcados" para o Senhor e Ele enviará pessoas aguardando por uma palavra de conforto. Saia de férias, mas não saia da presença de Deus. É comum ver pessoas que se dizem cristãs tirarem férias e acharem que não tem que orar, ler a Bíblia, etc. Lembre-se: Nosso Deus trabalha incansavelmente pelo nosso bem-estar.

E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. (Jo 5:27)

Férias sem Cristo - Este tipo de férias não combina com nenhum cristão. Parece estranho um cristão sair de férias e esquecer-se completamente de Cristo e levar uma vida reprovável diante de Deus neste período. _ Estou de férias! - me disse alguém certa vez. Como se as férias anulassem todas as condenações que virão sobre ele por sua conduta. Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons. (Pv 15:13). Queridos, não devemos ser bebês espirituais e achar que podemos tirar "férias de Jesus". Não esqueça: Nosso Rei virá como um ladrão na noite, em um dia e hora que ninguém sabe (Mt 24:43). E ainda:
...Louco! esta noite te pedirão a tua alma;.. (Lc 12:20)

Espero ter trazido compreensão ao leitor sobre a necessidade de estarmos alertas. Nosso Rei não tarda. Maranata!
Mas, avisando tu o justo, para que não peque, e ele não pecar, certamente viverá; porque foi avisado; e tu livraste a tua alma. (Ez 3:21)

Onde passarás a Eternidade?

RELATO Nº 7 - A MORTE TERRÍVEL DE UM FILHO INFIEL

Solomom Benjamin Shaw era um ministro Metodista Episcopal , historiador, ensaísta e editor. Solomom e Etta Ellen casarm-se em McBride, Mont...