Vamos Ler Juntos? –
O Peregrino de John Bunyan – Capítulo 14
Cristão encontra em Esperança um
excelente companheiro e, cheios do zelo de Deus, resistem aos enganos de vários
indivíduos que encontram no caminho.
Ao sair da Cidade chamada
Vaidade, onde Fiel foi morto, Cristão foi acompanhado de Esperança. O novo
companheiro de viagem de Cristão obteve este nome após observar o comportamento
de Cristão e Fiel na Feira da Vaidade. No Caminho encontram Interesse-Próprio.
Como seu nome diz, essa pessoa só age em prol de seus próprios interesses. Está
interessada apenas em seu próprio bem. Está sempre de acordo com a opinião dos
outros. Cristão e Esperança trataram de dispensar a companhia deste senhor.
Entretanto, juntaram-se a Interesse-Próprio os senhores Apego-ao-Mundo,
Amor-Ao-dinheiro e Avareza que alcançaram os peregrinos para lhe propor uma
doutrina “sadia e proveitosa” na visão deles: Servir a Cristo apenas para
desfrutar os prazeres deste mundo e somente quando houvesse condições favoráveis.
Mas Cristão argumentou com eles através da Palavra e eles não tiveram resposta.
Após passarem pela Planície do Alívio, alcançaram uma colina chamada Lucro,
onde Demas os convidava a cavar para encontrar um tesouro. Os peregrinos
recusaram e logo adiante, encontraram a estátua da mulher de Ló. Esta estátua
serve de alerta aos peregrinos para nunca mais pensem em abandonar o caminho
por cobiçarem as riquezas terrenas.
REFLEXÃO
Há muitas coisas a refletir sobre
este capítulo, mas deixe-me falar de uma coisa: o apego às coisas do mundo. Em
Gn 19:26, lemos que a mulher de Ló, ao fugir da destruição de Sodoma, olhou
para trás e imediatamente transformou-se numa estátua de sal. Muito tempo mais
tarde, em Lc 17:32, o Senhor nos adverte: “Lembrai-vos da mulher de Ló”. Mas
por que o Senhor nos advertiu disto? Analisando o contexto (amo fazer isso),
vemos que o Senhor estava explicando aos discípulos acerca da vinda do Reino de
Deus e como estaria o mundo nesta ocasião: Como nos dias de Noé e nos dias de
Ló... as pessoas “comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam”,
ou seja, continuavam vivendo suas vidinhas medíocres, ignorando os avisos de
pessoas a quem elas de chamavam de imbecis. Ações como comer, beber, plantar,
edificar,etc. expressam a “vida que segue”. Porém, no dia
em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos.
(Lc 17:29). No dia que o único justo que havia naquela cidade partiu, no mesmo
instante ela foi destruída. Isso me lembra o Arrebatamento. No dia que o sal da
terra for retirado, então só restará destruição! Mas a mulher de Ló, que havia
escapado da destruição, lembrou-se de como era bom viver em Sodoma: ela era
rica, morava numa boa casa, seu marido tinha prestígio, suas filhas estavam
noivas. Ia tudo tão bem. Essa mulher, a exemplo de muitas pessoas hoje, não
conseguia enxergar nada além do seu próprio umbigo. Ela era tão apegada a vida
confortável que ela tinha que não conseguia ver o grande livramento da parte do
Senhor. Ela achava normal aquelas pessoas fazerem orgias, sem um pingo de
pudor. Ela estava acostumada com aquele tipo de atitude dos moradores de
Sodoma. Era tudo “tão normal”. E de repente, ela teria que fugir com a roupa do
corpo e teria que deixar tudo para trás. Não. Ela não queria abandonar aquela
vida. Então a mulher de Ló olhou para trás e se transformou em estátua de sal.
Sua conduta serve de exemplo para todos os cristãos para que a vinda do Senhor
não nos apanhe de surpresa. Não se engane: um dia, o mundo e todo seu sistema
corrupto serão destruídos.
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